Apto a tratar desde o nerd alucinado por computador que sente dor no pulso até alguém que se recupera de uma grave lesão de coluna, o fisioterapeuta é o profissional conhecido por colocar as pessoas "nos eixos". Por meio de tratamentos específicos, o fisioterapeuta pode atuar em consultórios, centros de reabilitação, asilos, escolas, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto em serviços públicos quanto privados.
Mercado - O profissional costuma optar pela área clínica, voltada à reabilitação, com uma média salarial entre R$ 1.700 e R$ 2.700, conforme a supervisora de serviços de apoio à carreira da consultoria de recursos humanos Catho, Gláucia Costa. "Este campo oferece mais chances e há possibilidade de atuação mesmo sem experiência prévia", avalia. Ingridh, do Conselho Nacional de Fisioterapia, diz ainda que os recém-formados têm mais chances de encontrar oportunidades fora dos grandes centros. "O interior padece sem os cuidados profissionais que a fisioterapia pode suprir, especialmente na área da saúde pública", comenta.
Para os recém-formados, a maior dificuldade é um mercado de trabalho saturado nos grandes centros urbanos. Outro problema é o investimento financeiro inicial para quem resolve montar a própria clínica. A má-remuneração para quem deixou a universidade há pouco também é apontada como problema, além da qualidade duvidosa de cursos de aprimoramento profissional. É preciso se informar sobre a idoneidade das especializações.
É pra você? - Gostar da área de saúde é o principal pré-requisito, mas não o único. Ingridh considera como características importantes para o futuro fisioterapeuta saber ouvir mais do que falar, para compreender o paciente e suas necessidades, além de estudar bastante para acompanhar as inovações na área.
O que vem por aí - O principal nicho para os fisioterapeutas se dará no campo da saúde coletiva: oportunidades em hospitais, comunidades, empresas, academias, grupos e grupos de risco serão as mais comuns, especialmente na área da prevenção de doenças. Outro destaque são os atendimentos de alta complexidade a domicílio, seguindo uma tendência da área da saúde, o home care.
Diferencial - Para a consultora da Catho, a empregabilidade é ampliada através de cursos de especialização voltados à reabilitação de acidentados ou deficientes físicos. "Atualmente há um grande número de instituições voltadas a estes cuidados e nestas os profissionais com especialização têm mais chances de ingresso na área", explica Gláucia Costa. Já Ingridh aconselha os estudantes a buscar uma formação mais humanística e não apenas técnica, para se tornar um profissional ainda melhor.
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