
O MERCADO DE TRABALHO
O novo Código Florestal brasileiro foi aprovado em julho de 2010 em meio a bastante polêmica. Isso mostra a importância crescente das discussões em relação à preservação e ao manejo florestal. Devem aumentar as oportunidades para o engenheiro florestal, que pode dar assistência e desenvolver projetos para adaptar as propriedades rurais à nova legislação. Órgãos como Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais realizam concursos frequentes para a contratação desse profissional. Empresas privadas que prestam serviços para o governo também necessitam dessa mão de obra especializada. Quem atua nas áreas de ecologia aplicada e de manejo florestal vem sendo solicitado nos últimos anos por empresas de reflorestamento e por produtores rurais que fazem o plantio de florestas para fins comerciais. "Cresce muito o número de proprietários de terra que antes só investiam nos setores agrícola e pecuário e hoje destinam parte das terras ao plantio de eucalipto, contratando esse engenheiro para viabilizar o projeto", explica Soraya Alvarenga Botelho, coordenadora do curso da Ufla, em Minas Gerais. Os postos de trabalho estão concentrados, sobretudo, nos estados do Sul e do Sudeste, com destaque para Minas Gerais, que possui extensas áreas de reflorestamento, abrindo boas oportunidades para esse engenheiro. Cresce também a procura na Região Norte, que tem o desafio de se desenvolver de maneira sustentável. Nas indústrias de base florestal, em especial nas de papel e celulose, de móveis, de compensado e de carvão, aumenta a procura pelo especialista em tecnologia de produtos florestais. Outros nichos que vêm se expandindo são o comércio de produtos florestais, a gestão de viveiros florestais e a coleta, o estoque e a transformação do lixo urbano e industrial. Prefeituras de todo o país buscam esse graduado para cuidar da arborização urbana. O profissional pode atuar ainda de maneira empreendedora, como assessor técnico de ONGs ou abrindo empresa de produção de mudas e vendas de sementes.
O CURSO
As ciências agrárias e biológicas estão presentes em todo o currículo, com destaque para as disciplinas que envolvem botânica, tecnologia da madeira, fisiologia vegetal, biologia celular e silvicultura. Mas o forte do curso são as técnicas e os métodos de uso racional das matas que não comprometam o ecossistema. Nessa área, as disciplinas teóricas - como conservação de recursos naturais renováveis - alternam-se com práticas de manejo florestal, ecologia aplicada em campo, atividades em laboratórios e viveiros. O estágio é obrigatório, bem como um trabalho de conclusão de curso.
O QUE VOCÊ PODE FAZER
Ecologia aplicada
Estudar e administrar parques e reservas florestais e gerenciar processos de exploração que preservem os recursos naturais. Recuperar áreas degradadas.
Educação
Realizar atividades em educação ambiental e ecoturismo.
Fiscalização
Supervisionar empresas que utilizem produtos de origem florestal como termoelétricas a carvão, indústrias que utilizem lenha e siderúrgicas.
Manejo florestal
Elaborar, promover e supervisionar projetos de reflorestamento das espécies arbóreas para aumentar sua produtividade. Pesquisar sementes e o melhoramento genético da vegetação.
Tecnologia de produtos florestais
Pesquisar e desenvolver tecnologias para o aproveitamento, a extração e a industrialização de madeiras e de outros produtos da floresta, como óleos essenciais e resinas.
